quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Caso Eloá: quatro testemunhas são ouvidas no 1º dia do julgamento.


Recomeça nesta terça-feira (14), em São Paulo, o julgamento de Lindemberg Alves. Neste segundo dia, o acusado pela morte de Eloá Pimentel vai ser interrogado. A advogada de defesa do motoboy disse que ele vai quebrar o silêncio e vai finalmente dar a versão dele sobre o crime.
Nesta terça-feira (14), acontece o segundo dia julgamento do caso Eloá. A juíza do caso tem pressa e quer ouvir hoje 11 testemunhas e ainda interrogar o réu, Lindemberg Alves. Esta é a previsão.
A grande expectativa é pelo depoimento de Lindemberg Alves, que deve falar pela primeira vez à justiça desde o dia do crime. Na segunda-feira (13), uma das testemunhas de acusação ficou frente a frente com o acusado.
Nove horas e 15 minutos depois do início do julgamento, Lindemberg deixou o Fórum de Santo André para dormir em um presídio em São Paulo. Os sete jurados – seis homens e uma mulher – foram para um hotel sem acesso à TV e à internet.
Na sala do júri, três mulheres ocupam posição de destaque: a promotora, a juíza e a advogada de defesa. Ela e o assistente da promotoria trocaram farpas em dois momentos: quando a advogada sugeriu que a acusação instruiu a vítima Nayara a chorar e depois quando o assistente mandou a colega ficar quieta.
“Ela pediu para que eu a respeitasse, mas em momento algum eu quis desrespeitá-la porque, de fato, ela estava me atrapalhando”, contou o assistente da acusação José Beraldo. “Isso é normal. É obvio que alguns colegas exageram um pouco. É lógico que ele poderia ter sido um pouco cavalheiro, porque, afinal, ele está falando com uma mulher, com uma dama”, alegou Ana Lúcia Assad, advogada de Lindemberg.
Na sala sem ar condicionado, Lindemberg Alves enfrentou o calor e os depoimentos de quatro testemunhas de acusação sem esboçar reação. Nayara e Victor, que estavam no apartamento invadido por Lindemberg, foram os primeiros a falar.
Segundo Nayara, “Lindemberg disse que chegou lá, ia matar Eloá e sair andando. Ela não ia sair viva de lá”. Victor contou: “Quando a policia chegou, Lindemberg ficou mais agitado. Pensei que todos nós morreríamos”.
O terceiro a depor foi outra vítima, Iago Oliveira. Ele disse que era a pessoa que mais conversava com Lindemberg no apartamento e que Lindemberg chegou a pedir desculpas depois de agredi-lo com o cabo do revólver. Iago contou que entregou um crucifixo ao ex-namorado de Eloá, na esperança de que ele libertasse todo mundo. Na saída, Iago deu uma entrevista exclusiva à equipe de reportagem do Bom Dia Brasil.
“Ele disse que era para a gente escolher as músicas que a gente queria ouvir, porque iam ser as últimas que a gente ia ouvir na vida”, contou Iago Oliveira, amigo de Eloá.
Ao contrário de Nayara e Victor, Iago fez questão de ficar cara a cara com Lindemberg. “Eu queria falar coisa cara a cara, entendeu. Não deu medo. Espero que justiça seja feita agora. Que ele receba o que ele merece”, continuou Iago Oliveira, amigo de Eloá.
O sargento Atos Valeriano, que escapou de um tiro disparado por Lindemberg, também depôs na frente do réu. Ele disse: "Lindemberg atirou para me matar. A bala passou a 30 centímetros da minha cabeça”.

Depois que as testemunhas forem ouvidas, a expectativa é que Lindemberg, enfim, fale. “Ele irá falar e vai dar a versão dele dos fatos. Toda história, no mínimo, tem duas versões”, apontou Ana Lúcia Assad, advogada de Lindemberg. “Lindemberg cometeu um crime com requintes de crueldade. Ou seja, ele não teve nenhuma piedade com as vítimas”, afirmou o assistente da acusação José Beraldo.
Por determinação da Justiça, o julgamento não pode ser gravado ou filmado. Na manhã desta terça (14), Lindemberg estava a caminho do Fórum de Santo André. Confira no vídeo ao lado a movimentação na porta do fórum.FONTE/BOMDIABRASIL


Mossoró registra média mensal de 40 casos de violência contra a mulher.



O Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Mossoró registra por mês aproximadamente 40 ocorrências, o que representa mais de uma agressão por dia praticada na cidade. O número, apresentado pelo coordenador estadual do Juizado de Violência Doméstica, Renato Magalhães, é considerado alarmante.
De acordo com o coordenador, a maior parte das ocorrências registradas no município está relacionada a ameaças, que correspondem a 62,5% do total de processos atendidos mensalmente pelo Juizado. "De cada 40 processos, 10 são de lesão corporal, e cinco ligados a vias de fato, invasão domiciliar", explica.
O magistrado destaca que a partir da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou constitucional a Lei Maria da Penha (aliada incondicional no combate à violência contra a mulher), alguns casos de agressão não precisarão mais de representação por parte da vítima para que o agressor seja processado.
"Nos casos em que haja lesão corporal, não haverá mais a necessidade da representação para que o processo seja iniciado, mas é importante ressaltar que nos casos de ameaça, por exemplo, ainda é necessário que a mulher preste queixa e represente a denúncia contra o seu agressor", ressalta Renato Magalhães.
A decisão do STF vai agir principalmente em casos em que as vítimas voltavam atrás das queixas, o que, segundo o coordenador estadual do Juizado da Violência Doméstica, não implicará em mudanças significativas nos processos em andamento em Mossoró, uma vez que do total de representações referentes à lesão corporal, apenas 30% das vítimas retiram as queixas.
"De cada 10 casos onde há lesão corporal, entre duas e três mulheres não se retratam, já que mesmo após a ocorrência, a marca da violência continua em seu corpo, a dor continua o que não acontece nos casos de ameaça, onde o percentual de desistência é bem maior, chegando a 60%, 70%", conta Renato Magalhães.
Ainda de acordo com o juiz, o índice de denúncias contra os parceiros que ocasionam algum tipo de lesão corporal na mulher deverá cair após a decisão do SFT, já que a vítima não poderá mais retirar a queixa após a representação. "Isso causa um pouco de receio, e é possível que tenhamos, nesse primeiro momento, uma redução no número de representações", conta.
Número de agressão na cidade é superior ao registrado pelo juizado

Segundo Renato Magalhães, o número de situações de agressão cometidas contras as mulheres em Mossoró é superior ao registrado pelo Juizado da Violência Doméstica. "Existem mais ocorrências, a demanda é alta, o que acontece é que falta estrutura na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam)", frisa.
O juiz destaca que a inexistência de uma estrutura adequada para receber as mulheres em situações vulneráveis, atrelada à falta de campanhas de esclarecimento, faz com que muitas ocorrências não sejam conhecidas.FONTE/OMOSSOROENSE


Morre dona Mocinha, irmã de Lampião.


Maria Ferreira Queiroz, conhecida como dona Mocinha, morreu na tarde de sexta-feira (10) passada, em São Paulo, aos 102 anos. Ela era a única irmã viva de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião. Segundo a família, ela foi internada horas antes de falecer com problemas pulmonares, mas não resistiu. O corpo será levado ao Velório Salete, em Santana, na Zona Norte de São Paulo, e o sepultamento foi feito no Cemitério Chora Menino, às 12h de sábado (11).


A idade de dona Mocinha sempre foi motivo de discussão entre estudiosos do cangaço. O documento de identidade da irmã de Lampião indica que ela nasceu em 8 de janeiro de 1906, portanto, ela teria completado 106 anos, mas ela sempre se recusou a afirmar que tivesse essa idade, alegando que não era por vaidade. Ela tem outro documento que aponta a data de nascimento em 11 de janeiro de 1910. Era por este documento que dona Mocinha costumava se identificar, de acordo com o neto Marcos Antonio Tavares, 53 anos.
Ela vivia em um apartamento com os filhos Expedito e Valdeci, em Santana, na Zona Norte de São Paulo. Os parentes mais próximos que também moram em São Paulo, além dos dois filhos, costumavam visitá-la, principalmente na data de aniversário dela.
"Ainda não sabemos onde será o velório e nem o sepultamento. Ela estava doentinha, vez ou outra ela era internada para cuidar da saúde. Já tinha muita idade. Acreditamos que foi insuficiência pulmonar", disse Tavares.
O pesquisador e historiador Antônio Amaury Correia, que mora perto de dona Mocinha, foi um dos responsáveis por descobrir a segunda data de nascimento da irmã de Lampião. "Ela tinha dois documentos. Até hoje não sabemos com certeza qual era a idade dela", disse ele ao G1.
"Foi uma grande perda. Apesar de ela não ter vivido a história do cangaço, já que era muito pequena quando Lampião estava atuando, ela sempre foi uma referência histórica", afirmou o historiador e especialista em cangaço, João de Sousa Lima.FONTE/G1.COM


Presos dois suspeitos de roubo no Itaú.


O assalto ao Banco Itaú começou a ser desvendado pela polícia. A ação que rendeu mais de meio milhão de reais aos criminosos no início da semana passada teve agora dois suspeitos detidos pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).
A delegada Sheila Freitas, titular da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR) - responsável pela condução do inquérito do caso - pediu a prisão temporária dos supostos envolvidos e está dando continuidade às investigações. Clarindo Dantas Neto, 30 anos, conhecido como "Kiko", e Neemias de Lima Figueiredo, 42 anos, o "Miau", permanecem detidos sob suspeita de integrar a quadrilha de assaltantes.
Após denúncia anônima, a Polícia Militar encontrou e rendeu os suspeitos no bairro do Alecrim durante o sábado passado. De acordo com a PM, os homens estavam em atitude suspeita durante a madrugada e foi informado que eles planejavam uma nova ação criminosa contra uma loja na região. Outros suspeitos que estavam em uma motocicleta conseguiram escapar. O dinheiro fruto do assalto não foi encontrado.
A delegada Sheila Freitas encontrou elementos suficientes para autuar a dupla por formação de quadrilha. Na casa de um dos supostos envolvidos, foram encontradas 16 munições calibre 38. Neemias Figueiredo é considerado foragido da Justiça há cinco meses por não comparecer ao presídio durante o regime semiaberto. Clarindo Dantas também possui ficha policial, tendo sido detido em uma operação denominada "4 x 4", que investigou roubo de caminhonetes em 2005 no RN. Os homens negam a participação no crime.
A partir de agora, funcionários e outras vítimas do caso serão convocadas a reconhecer os supostos envolvidos e reforçar a investigação realizada. De acordo com a delegada, as imagens do circuito interno da agência, apesar de terem qualidade baixa, podem confirmar a participação da dupla no assalto.
A Deicor estima que seis homens tenham participado da ação criminosa, que durou exatos 37 minutos. A participação de integrantes oriundos de estados vizinhos não está descartada. "O que se sabe até agora é que a quadrilha conhecia a rotina da agência. Não sabemos ainda se havia informantes ou se eles observaram o funcionamento do local", afirmou a delegada Sheila Freitas.
Bem vestidos, inclusive com terno e gravata, os criminosos conseguiram ser bem-sucedidos. As pessoas que chegavam à agência para utilizar os terminais eletrônicos de auto-atendimento eram orientadas a retornarem em outro momento. Já os funcionários, eram conduzidos para dentro do local e rendidos depois disso, enquanto o assalto era realizado.
Para a polícia, a possibilidade de que a mesma quadrilha também tenha envolvimento com o arrombamento do caixa eletrônico no SENAC do Alecrim durante a semana passada é remota. "No caso do arrombamento do caixa, era uma quadrilha especializada naquilo. Eles arrombaram em tempo recorde, menos de trinta minutos. É um modus operandi diferente do assalto do Itaú", esclareceu a titular da Deicor.FONTE/JORNALDEFATO


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