segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Com Neymar de olho, Fifa anuncia finalistas da Bola de Ouro nesta 2ª

Maior vencedor do prêmio, Brasil não tem representante desde 2007, quando Kaká levantou o troféu. Tridente do Barcelona e Cristiano Ronaldo são favoritos ao pódio

Por Rio de Janeiro

O mundo saberá nesta segunda-feira quem são os três melhores jogadores de futebol de 2015, e, depois de oito anos, o Brasil tem boas chances de ter um representante no pódio:Neymar. Em alta no Barcelona, o craque é apontado pela imprensa europeia como favorito a ocupar um lugar ao lado de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo em anúncio que será realizado pela Fifa, às 11h (de Brasília). Seu companheiro no clube catalão, Luis Suárez é a maior ameaça.   
Em entrevista ao "Esporte Especular", domingo, Neymar revelou acreditar que merece, sim, um lugar entre os que participarão da festa de gala da Fifa em 11 de janeiro. O brasileiro torce ainda por uma disputa toda em azul e grená, com o tridente do Barcelona deixando o madridista Cristiano Ronaldo fora. A última vez que isso aconteceu foi em 2010, quando Messi ficou com a Bola de Ouro após concorrer com Andrés Iniesta e Xavi.
Messi, Neymar, Suárez Barcelona x Real Sociedad Campeonato Espanhol 2015 (Foto: Reuters)Messi, Neymar e Suárez são favoritos ao lado de Cristiano Ronaldo: um dos quatro ficará fora do pódio (Foto: Reuters)
O argentino esteve no pódio nos últimos oito anos, enquanto o português, que divide com ele o topo do futebol mundial desde 2008, foi excluído somente no ano dominado pelo Barça. A última vez que o troféu não ficou com Messi ou Cristiano Ronaldo foi justamente quando um brasileiro entrou na disputa: Kaká foi o vencedor em 2007.   
O Brasil, por sinal, é o maior vencedor do prêmio, com oito conquistas: três de Ronaldo, duas de Ronaldinho, uma de Kaká, uma de Rivaldo e uma de Romário. Argentina, todas com Messi, e Portugal, com três de Cristiano Ronaldo e uma de Figo, vêm em seguida, com quatro. Ainda nesta segunda-feira, a Fifa anunciará os finalistas de outros prêmios: melhor jogadora, melhor treinador de equipes masculina e feminina e Puskas, dado ao autor do gol mais bonito do ano.   
Nesta última disputa, o jejum brasileiro é mais recente. Indicado por quatro anos seguidos, Neymar ficou com o Prêmio Puskas em 2011, por um gol marcado diante do Flamengo, na Vila Belmiro, quando defendia o Santos. Desta vez, o desconhecido Wendell Lira é o representante do país. Quando defendia o Goianésia, no estadual de Goiás, ele emendou de voleio para balançar as redes do Atlético Goianiense e ser indicado ao lado de nomes como Messi e Tevez.
 
O centro das atenções na segunda-feira, entretanto, indiscutivelmente estará na abertura do envelope com o nome dos três indicados para Bola de Ouro. Imparáveis, Messi e Cristiano Ronaldo dificilmente não estarão nele, e os números explicam isso. Apesar de não ter sido campeão com o Real Madrid, o português, vencedor nos últimos dois anos, soma 55 gols e 17 assistências em 56 jogos - números até o fechamento das votações, dia 20 de novembro. Recordista, o argentino tem tudo para levar o quinto troféu após vencer a Liga dos Campeões, o Espanhol, a Copa do Rei e a Supercopa da Europa com o Barça, além de enumerar 57 gols e 23 assistências em 60 jogos. Logo abaixo, estão Neymar e Suárez, com estatísticas mais modestas, mas também impressionantes.   
Indicado ao lado de CR7 e Messi ao prêmio da Uefa, vencido pelo argentino, Suárez marcou 38 gols e deu 24 assistências em 56 jogos. Já Neymar, principal destaque do Barça na primeira metade da atual temporada, balançou as redes 44 vezes e deu 13 passes decisivos em 60 aparições por seu clube e pela Seleção. Números suficientes para encerrar o jejum brasileiro desde Kaká? Nesta segunda-feira, a Fifa dará a resposta.

Conferência sobre mudanças climáticas começa hoje com o desafio de chegar a novo acordo global

1km6itignt_8rc4p0nxje_fileDe hoje (30) a 11 de dezembro, representantes de 195 países e da União Europeia se reúnem, em Paris, para a 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (COP21). O objetivo é chegar a um acordo que reduza a emissão de gases de efeito estufa que causam o aquecimento global.
O Acordo de Paris deve entrar em vigor em 2020, em substituição ao Protocolo de Quioto, que prevê a redução de emissões de gases poluentes apenas para países desenvolvidos.
Na avaliação de especialistas, a postura dos principais países emissores de gases de efeito estufa tem mudado nos últimos anos passando de uma atitude defensiva para um maior engajamento nas negociações climáticas na busca de soluções para o aquecimento global.